domingo, 2 de outubro de 2011

Micros artigos facebookianos



Ontem e hoje postei no Facebook breves comentários sobre a crise que envolve o CNJ x AMB x STF. Batizei estes comentário de “micros artigos facebookianos.” Todos foram bem comentados e compartilhados.
Como sou o único baiano que descansa nas redes... sociais, compartilho aqui no blog para @s amig@s que não participaram do debate no Facebook.
Em homenagem a todos @s amig@s do Facebook, transcrevi no final deste post um comentário que resumiu de forma fantástica toda a discussão.

Micro Artigo 1
Sobre este debate acerca de quem é que pune juiz (como se o CNJ tivesse a punição de juiz como a única razão de sua existência), se fosse membro das corregedorias estaduais estaria morrendo de vergonha: além de não funcionar, protege bandidos togados. Ei, vcs aí, das corregedorias estaduais, digam alguma coisa!!!! Vão assumir o papel de judas em sábado de aleluia é? Aliás, neste clima de caça às bruxas, mesmo não tendo nada a ver com isso, tô pensando em colocar minhas barbas de molho: esquerdista demais!! Não, não vou fazer isso, pois não acredito em democracia sem judiciário forte e independente!!
Micro Artigo 2
O problema de Mani (ou Manés) e a doutrina do maniqueísmo, do bem e do mal, é definir, nesta quara da história, o que é o bem e o que é o mal. Mais do que isso: quem é que define o que é o bem e o que é o mal? Então, meu rei, sem regras objetivas para solução deste problema, passa valer a vontade de quem tem o poder e a vontade do poder. Sendo assim, "bem" e "mal" passa a ser um questão de humor do ditador de plantão. Neste caso, a barba (incluindo a cabeça) pode ser do juiz ou do bandido, tanto faz.
Micro Artigo 3
Na verdade, esta discussão envolvendo o CNJ está conseguindo desviar o foco e, perigosamente, encontrando um (falso) bode expiatório para a crise do poder judiciário: juízes bandidos. Que esta praga existe, existe. A crise do poder judiciário, no entanto, é de outra ordem. Na linguagem popular, o buraco é mais embaixo e todos os gatos são pardos quando se interpreta a Constituição em favor da ordem dominante.
Micro Artigo 4
Na verdade, em nome da "segurança jurídica" e do "bem-comum", por exemplo, tem se causado tanto mal ao povo como a Igreja Católica causou, em nome da fé, aos que duvidavam de seus dogmas. São conceitos abstratos que dizem tudo e nada ao mesmo tudo. Depende de quem julga. Aliás, como dizia Warat, a "fonte do direito são as sogras dos juízes".
Micro Artigo 5
Longe de mim, por fim, para concluir estes micros artigos facebookianos, defender corruptos. O problema é que com eles ou sem eles, o judiciário brasileiro não será diferente do que é hoje em linhas gerais: elitista, autoritário, dogmático, sem democracia interna e comprometido com a ordem dominante. Longe dos anseios do povo, portanto. Mas que precisa afastar, e logo, os corruptos, isto precisa! Bom fds a todos!!
Um comentário no perfil do Facebook que resume tudo:
Lina Falcao: a questão é que afastar corruptos não interessa ao sistema, pois eles são indispensáveis aos outros corruptos dos demais poderes.
GERIVALDO NEIVA

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